Uma forma diferente de se conhecer uma cidade é pedalando por suas ruas, parques e ciclovias. Tive minha primeira experiência com este tipo de atividade em Bogotá e sinto que, se não fosse por ela, não teria a oportunidade de visitar alguns lugares pelos quais passei. O mesmo aconteceu em São Paulo, quando equipada com bike e capacete, saí para explorar pontos turísticos e muita arte de rua.
Mesmo que você não tenha interesse em pedalar pela cidade, este post te dará uma ótima visão que ver e conhecer por São Paulo. Partiu?
Conhecendo São Paulo de bike
O Pedalarte, foi um roteiro organizado pela startup Bem São Paulo e conduzido pelos artistas urbanos Felipe Risada e Luisa Fioravante para o #VempraSampaMeu, encontro de blogueiros de viagem que aconteceu em outubro do ano passado. Dentre as opções, foi o roteiro que escolhi para participar, visto a experiência que tive anteriormente com este tipo de roteiro.
O ponto de encontro foi a Praça do Ciclista, na Avenida Paulista com a Rua da Consolação. Neste momento, recebemos as orientações de segurança e detalhes de como seria o percurso e programação do passeio.
Cruzamos toda a Avenida Paulista, pela ciclovia, até chegar ao espaço cultural Casa das Rosas, onde fizemos uma parada para observar o enorme e colorido painel de grafiti com a imagem de Oscar Niemeyer, feito pelo famoso artista Eduardo Kobra.
A próxima parada surpreendeu. No Centro Cultural São Paulo, além da visão geral do espaço, visitamos a horta comunitária localizada no terraço. Este projeto é mantido por apoiadores e voluntários que se organizam em mutirões coletivos via Facebook. Uma ideia super bacana em uma área ampla, onde o concreto foi substituído pelo verde em plena selva de pedra.
Centro Cultura SP e uma de suas vistas;
Monumento à imigração japonesa, de
Tomie Ohtake na Av. 23 de Maio
Horta Comunitária
Na tradicional feira da Praça Liberdade, bairro japonês paulista de mesmo nome, alguns participantes aproveitaram para lanchar e outros para passear rapidamente pelas lojas típicas. Encontra-se muita coisa boa por lá; quase não resisto a trazer mais alguma cerâmica comigo. Adoro!
Pronto: chegamos ao Centro de São Paulo. Neste trecho, optamos por não fazer paradas por questões de segurança. É uma pena, pois apesar do entorno assustar um pouco, a área é deslumbrante. Falo da Praça da Sé principalmente. Vontade de entrar na Catedral não faltou, lhes garanto. Nem foto para contar. Seguimos direto até o Pátio do Colégio, marco zero de São Paulo e onde foi iniciada a catequização dos indígenas. Além de atividades religiosas, como missas e casamentos, o espaço conta com um museu de arte sacra, além de promover concertos e atividades culturais.
Dali até o Mosteiro de São Bento, passamos bem perto da Rua 25 de Março e seu intenso comércio. Era sábado no final da manhã e muita gente circulava por lá.
No Vale do Anhengabaú conseguimos nos reunir e conversar um pouco. Conheci a região em outra oportunidade quando fui ao Mercadão e Centro Cultural Banco do Brasil. Desta vez, avistei o Banespão – na verdade, edifício Altino Arantes, um dos mais famosos de São Paulo, que leva este apelido por sediar o Banco do Estado de São Paulo na época – e o Edifício Martinelli, o primeiro arranha-céu da cidade.
O Vale do Anhengabaú liga o Viaduto do Chá e o Santa Ifigênia. É uma área enorme de circulação de pedestres. No caso, era sábado e estava bem vazio. Pudemos parar e observar o painel (foto abaixo) feito pelos grafiteiros Inti CL e Alexis Diaz feito para o Festival O.bra que aconteceu em 2015 e coloriu diversos pontos de são Paulo.
Quem assistia o programa Global ‘Sai de Baixo, deve se familiarizar com o Largo do Arouche, onde moravam os personagens da comédia. Pois este é um bairro muito tradicional de São Paulo e também conhecido por ser uma zona gay friendly. Do Mercado das Flores, conhecemos mais uma intervenção artística de grafiti do mesmo festival comentado acima.
Pertinho dali, foi só cruzar a Praça da República e parar para subir até o bar panorâmico do Teraço Itália para encontrar os demais blogueiros que estavam nos outros tours – Cool Sampa e Arte por Toda a Parte – para fazermos um brinde e tirar muitas fotos da incrível vista de 360 graus.
Mas o Pedalarte estava longe de terminar. Ao lado do Edifício Itália está outro ícone de São Paulo: o Edifício Copan, obra de Oscar Niemeyer. Desta vez, vestido de azul devido ao processo de revitalização pelo qual estava passando. Se você observar, os faróis para pedestres possuem o formato do Copan, assim como na Praça da Liberdade eles também são diferentes.
Mais uma paradinha na Praça Roosevelt, ponto de encontro de skatistas e área de lazer, visto que existem muitas opções de bares e teatros na redondeza. A boêmia Rua Augusta está logo ao lado!
Força, pessoal! É só pedalar mais um pouco e chegar no Bairro do Bexiga para um tradicional almoço italiano no Restaurante Villa Távola. E ao longo do caminho, mais arte de rua. Inclusive, no Bairro do Bexiga e na Rua Treze de Maio, a mesma do restaurante, há dez anos (2016) acontece o movimento coletivo Dia do Grafitti, onde muros cedidos pelos moradores ganham muitas formas e cores.
Acabou ? Não... a preguiça bateu forte depois do almoço, mas somos bravos e guerreiros. Partimos para a digestão em movimento!
Pedalamos livremente até chegar no Estúdio de Grafitti e Ateliê do Felipe Risada. Pudemos deixar uma mensagem com giz em uma das paredes e conhecer mais alguns trabalhos em produção e em um beco próximo.
Eu, Felipe Risada e Luisa Fioravante.
Ai fundo, obra do Felipe com a técnica de rolinho.
Créditos: blog Vida Cidana
Agora sim, partimos para o final deste tour de bike por São Paulo em outro lugar inédito para mim. O Museu de Arte Contemporânea – MAC, localizado no Parque Ibirapuera. Nos despedimos das bicicletas no estacionamento e nos dirigimos ao terraço para admirar a vista do Parque e arredores.
Todos se apaixonaram por este "gatinho", exposto no MAC.
Obra 'Um amor sem igual', de Nina Pandolfo
Do terraço do MAC
Do Ibirapuera, ainda seguimos para conhecer os grafittis do Beco do Batman, na Vila Madalena e nos refrescar com os chopps gelados do Boteco São Conrado e as cervejas artesanais da Cervejaria Nacional. Mas isso renderia outro post!
Sobre o tour
Pedalamos aproximados 20 km em com duração estimada de 7 horas, incluindo todas as paradas, brinde e almoço.
Achei o trajeto tranquilo, salvo uma ou outra ladeira que foi preciso subir. Utilizamos ciclovia na maioria do tempo.
Mapa feito por Rafa Leick, do Viagem Primata,
que também participou e escreveu sobre o Pedalarte
O roteiro Pedalarte foi criado exclusivamente para o #VemPraSampaMeu, mas o Bem São Paulo possui roteiro parecido em caso de interesse.
Adorei o tour e não me arrependi um minuto sequer de ter passado o dia pedalando por São Paulo. De novo, passei por lugares que talvez não passaria (ou não passarei), além de receber informações sobre a arte de rua - grafittis, rolinhos, pichos e afins, que não tinha conhecimento e é tão forte e importante para a capital paulista.
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O #VemPraSampaMeu foi organizado pelos blogs Coisos on the go (Kaio e Sônia), Tô pensando em viajar (Alessandra e Sofia) e My Destination Anywhere (Katia e Erik) e contou com apoio e parceria de diversos estabelecimentos, entre eles, o Bem São Paulo.
#DevaneiosemSP #VemPraSampaMeu
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Genteee que passeio massa! Desejei. Obrigada por compartilhar. Beijinho
ResponderExcluirPost super legal!!! Semana passada estava em SP e aproveitei pra ver alguns desses painéis lindos, mas outros já tinha visto de outras visitas. Vc já sabe que não sei andar de bike então pra mim infelizmente esse passeio não rola hehehe
ResponderExcluirQue demais!!
ResponderExcluirJuro que nunca imaginei passear de bike em SP!!!!
Beijos, Fran
Que roteiro mais incrível!!! Eu não sabia que minha cidade tinha esse tipo de roteiro #vergonha
ResponderExcluirJá quero fazer um desse estilo tb!
Beijo