Depois de contar tudo sobre as cataratas do Iguaçu pelo lado brasileiro, chegou a hora de mostrar em detalhes como é a visita pelo lado argentino. As paisagens são bem distintas e se complementam na beleza e emoção. Qual será o lado mais bonito? Será que é possível escolher um lado preferido? As imagens podem falar por si, mas é só vivenciando cada um para se chegar a alguma conclusão.
Esta faz parte de uma série de postagens criadas para ajudá-los a montar um roteiro por Foz do Iguaçu, seja de quantos dias ele tiver. Ao final, você encontra o tudo o que já foi divulgado por aqui para facilitar ainda mais o seu planejamento! Continuem comigo!
Visita às cataratas do lado argentino – Parque Nacional Iguazú
O Parque Nacional Iguazú foi criado em 1934, pouco antes do Parque Nacional do Iguaçú (1939), como é chamado no lado brasileiro. São 67 mil hectares que protegem uma vasta área de cascatas e toda a biodiversidade que as rodeiam. O parque argentino é um tanto mais rústico e proporciona aos visitantes um imenso contato com a natureza. Desta forma, os parques se complementam com tamanha riqueza natural e a experiência só é completa se a visita ocorrer a ambos os lados!
Entrada do Parque Nacional Iguazú
Mapa do parque
Segundo os registros argentinos, o Parque recebeu a nomeação de Patrimônio Natural da Humanidade pela Unesco em 1986, em 2011, juntamente com o Brasil, recebeu o título uma das novas 7 Maravilhas da Natureza no Mundo.
Tal como no lado brasileiro, a melhor época para visitar as cataratas é de Outubro à Março, pois o volume das águas é maior. Em Fevereiro o cenário estava incrível!
Diferente da visitação às cataratas do lado brasileiro, no lado argentino não existem ônibus para os turistas. É através do Tren de la Selva (trem da selva) que somos conduzidos entre a Estação Central, Estação Cataratas e a Estação Garganta del Diablo (garganta do diabo) e a espera por ele pode ser longa; um dos pontos negativos do Parque. Este trem passa de 30 em 30 minutos e nem todo mundo consegue se acomodar de uma vez só. Uma imensa fila pode se formar e o planejamento da visita por ser alterado por conta deste tempo perdido.
Tren de la Selva
Entre a Estação Central e a Estação Cataratas, existe uma trilha estruturada, chamada Sendero Verde, com somente 655 metros de extensão e ela segue por entre árvores. Neste trajeto, é melhor ir caminhando do que esperar pelo trem, que pode não estar disponível neste trecho, além de ser uma ótima oportunidade de convívio com a natureza.
Logo na entrada do parque está o Centro de Visitantes, um espaço amplo com informações educativas sobre fauna e flora locais, lojas de artesanato e lembranças, banheiros e quiosques para lanches. É ali, também, que se retira o mapa do parque e se tem a noção da sua estrutura.
Optamos por começar a visita pela Garganta do Diabo, a principal e mais concorrida atração do lado argentino das cataratas do Iguaçu. Para chegar até ela é preciso andar por uma trilha de 1100 metros feita de ferro e com aparente acessibilidade e boa sinalização. Aliás, vimos turistas de todas as idades pelo percurso, o que chamou bastante a atenção!
Entrada da Trilha da Garganda do Diabo
Estrutura das trilhas do parque argentino
O trajeto começa atravessando águas calmas e tranquilas, onde o contato com a natureza é máximo. Ao passo que vamos chegando perto da garganta, o barulho vai aumentando, até que ficamos boquiabertos com o que vemos e ouvimos. A garganta está localizada no trecho mais estreito do rio Iguaçu e a queda é surpreendente em volume de água, som e energia! Sério, nunca vi tanta água na minha vida! E é certo que este não é um sentimento só meu!
A plataforma que dá acesso às melhores vistas da Garganta do Diabo fica bem próxima à queda d’água, assim, é quase certo que você vá se molhar. Aqui, vestir uma capa de chuva ou casaco impermeável pode ser uma boa ideia. Por outro lado, o calor pode ser tanto que o spray gerado pela cascata será um refresco, assim como foi para nós!
A garganta!
A força da água é tanta que não vemos o final da queda!
E lá adiante, uma visão do lado brasileiro lá adiante!
A única parte não tão positiva é a quantidade de gente visitando simultaneamente a atração. Não se preocupe com isso. Aproveite toda a energia do momento e tenha paciência, que todo mundo consegue tirar belas fotos!
Água não falta... nem gente!
Antes de seguir para alguma outra trilha, fizemos uma pausa para lanche. A quem interessar, existe um restaurante que serve parrilla – El Fortín, mas achamos caro e nada atrativo para quem ia continuar caminhando no calor. Optamos por autênticas empanadas e um sorvete Freddo para matar as saudades dos sabores da Argentina. Os preços dentro do Parque Iguazú não são nada atrativos. Até a água é cara. Vale levar o que for consumir do Brasil!
Empanadas argentinas e áreas de descanso do parque!
Nesse momento, precisaríamos decidir por qual caminho continuar a visita. Optamos pelo Circuito Superior, que como o próprio nome já explica, permite ao visitante observar as cataratas de cima. Percorre-se 1750 metros em uma passarela, também estruturada, e ao longo do percurso existem muitos mirantes em locais estratégicos. Geralmente existem bancos nestes refúgios para permitir um pouco de descanso aos aventureiros.
O grande atrativo do Circuito Superior é mesmo acompanharmos o curso da água e observar todo o volume sendo conduzido às quedas e admirá-las do alto! A cada curva, um novo cenário impressionante surge diante dos nossos olhos!
Cenas do Circuito Superior
A outra opção, que tivemos que deixar para uma próxima visita, é seguir pelo Circuito Inferior. Há quem diga que esta trilha é ainda mais interessante, pois o percurso segue por um nível bem mais baixo das cataratas e o cenário é muito mais rústico e emocionante. Conseguíamos avistar parte desta trilha pelos mirantes do Circuito Superior e, por muitas vezes, desejei estar lá embaixo! Quero voltar para viver essa experiência!
Olha o pessoal no Circuito Inferior!
Pensa que acabou? Não...
O Parque Iguazú realmente é imenso. Outro atrativo do circuito Inferior é o passeio até a Ilha San Martín (Isla San Martín), cruzando o rio Iguazú. Porém, esta atividade só está disponível conforme as condições do rio. Além disso, existe uma trilha de 700m e há necessidade de algum esforço físico. Quando fomos, a atividade não estava disponível.
Também existe uma trilha bem mais longa e ideal para a prática de trekking, de 7km totais - El Sendero Macuco y El Salto Arrechea. Ela convida os visitantes a aguçar os sentidos e observar a fauna e a vegetação. Não há acessibilidade e a trilha está aberta das 8h às 15h.
O lado argentino também oferece a oportunidade de se visitar as cataratas pelas suas quedas, de dentro do rio. O Macuco Safari argentino se chama Gran Aventura, além de outras atividades a custos adicionais.
O que levar para as cataratas ?
- Água: faz muito calor e o preço no Parque não é muito bom
- Lanche: uma forma de economizar
- Repelente: necessário em todos os lugares
- Boné, óculos, protetor solar: proteja-se do sol
- Capa de chuva: você pode se molhar
- Roupas leves (de fácil secagem!) e sapatos confortáveis para caminhar bastante
Amigos do parque!
Como fomos e como se pode ir
Decidimos contratar o serviço de um tour para visitar as cataratas do lado argentino. Tínhamos visto bastante movimento na fronteira no dia anterior e também pensamos que poderia ser um passeio bastante desgastante, se considerarmos o quanto que iríamos caminhar e o calor que faria. Estávamos em duas e, para nós, foi uma decisão acertada!
Quem nos prestou o serviço foi a Loumar Turismo, que nos buscou no hotel e disponibilizou um guia para acompanhar o grupo. Mesmo assim, cada um poderia seguir o seu ritmo, apenas, observando o horário combinado para deixar o parque. No nosso caso, compramos os ingressos em um centro de artesanato no caminho, recomendado principalmente, devido à necessidade de se pagar em dinheiro e em pesos argentinos.
Além do documento de identidade válido ou passaporte, fundamental para se atravessar a fronteira com a Argentina, caso você prefira ir de carro, é importante estar atento à documentação necessária para se atravessar a fronteira com a Argentina: Carteira de motorista, documento do carro e a Carta Verde, que é um seguro obrigatório para veículos que entrarem em países do Mercosul.
E ainda existe outra opção de transporte até o Parque Iguazú, que é contratar um serviço de taxi com valor negociado antecipadamente. Para este, recomendo verificar na recepção do seu hotel, que certamente, saberá informar.
. Informações Parque Nacional Iguazú
Endereço: Victoria Aguirre, 66 – Puerto Iguazú – Misiones, Argentina
Ingressos: $ 400 para adultos moradores do Mercosul - somente em pesos argentinos e em dinheiro (nenhum cartão de débito ou crédito é aceito!)
Cotação estimada Ju/2017 ~ R$ 82, 00 (atualização por aqui)
$ 100 para crianças (6-12 anos) moradoras do Mercosul ~ R$ 21,00
Horário de funcionamento do Parque: das 8h às 18h – todos os dias
Entrada permitida até às 16h30
Valor do estacionamento: $ 100 - automóveis – pagamento junto ao ingresso na entrada do Parque
Site oficial: iguazuargentina.com
Importante: não esqueça dos documentos para atravessar a fronteira!!!
→Desconto de 50% no segundo dia consecutivo de visita ao parque: assim que terminar a visita do primeiro dia, é preciso passar na bilheteria e validar o ingresso para obter o desconto.
→Facilidades do Parque: estacionamento, caixa eletrônico, canil gratuito, quiosques gastronômicos, restaurante, aluguel de carrinhos para bebês, banheiros também com acessibilidade, guarda volumes, carrinhos para transportes de pessoas com dificuldades de locomoção e cadeiras de roda com quantidade limitada.
Atenção: Para garantir a sua segurança, respeite as sinalizações do parque; não alimente os animais e contribua para a limpeza do ambiente. Atenção enquanto estiver comendo, você pode atrais os quatis também no lado argentino! De recordação, leve somente souvenirs, boas memórias e muitas fotos!
+ Foz do Iguaçu no Devaneios :
#DevaneiosemFoz
Use essa # e veja mais fotos no
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Parabéns pelo texto.
ResponderExcluirSugiro ressaltar que somente são aceitos pesos argertinos para o ingresso no parque.
Obrigada, Celso!
ExcluirEsta informação está reforçada no campo 'Ingressos'. Sempre é válido reforçar! ;)
Fui duas vezes. Terei que voltar pela terceira vez; pois, não subi a Ilha de San Martin.
ResponderExcluirO lado argentino é um passeio que dá de 10 a zero nas cataratas do lado Brasileiro!
Olá!! Adorei suas dicas. Só não entendi uma coisa: afinal vc usou o trem ou foi fazendo as trilhas todas a pé mesmo??
ResponderExcluirObrigada! O trem é necessário para se deslocar entre as estações do parque. As trilhas, sim, são feitas a pé!
ExcluirQue top, eu fui para as cataratas no lado brasileiro, e acabei não fazendo cataratas Argentina, acabei me arrependendo pois parece ter muito mais trilhas.
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