Por que visitar o Museu do Peregrino em Santiago de Compostela? Saiba mais sobre a origem dessa peregrinação e da própria cidade através de relatos, lendas e muitos objetos. É um museu pequeno, de rápida visitação, preço bastante acessível e ainda está localizado ao lado da Catedral.
A cada passo dado durante o Caminho Português de Santiago, mais ia sendo envolvida nessa história. O início de tudo, desde a descoberta do túmulo até a formação da cidade de Santiago estão expostos de forma diversa. Não perca a oportunidade e enriqueça seu conhecimento com esta visita!
Museu das Peregrinações e de Santiago
Embora criado em 1951, o museu só viu lento crescimento do seu acervo após a década de 70, com início de tímida distribuição de fundos para museus estatais e interesse na compreensão da peregrinação e da força exercida pelo apóstolo Santiago, discípulo próximo de Jesus Cristo.
Com a transferência da gestão do museu para a Junta da Galicia, deu-se início a política de aquisição de fundos que aumentaram consideravelmente o acervo. Como o passar do tempo, a necessidade de espaço fez com que o museu fosse remodelado e passasse a ocupar novas instalações a partir de novembro de 2015. Procure por um prédio cheio de arcos na Praça de Praterias.
O Museu das Peregrinações e de Santiago trata da peregrinação como fenômeno universal, da peregrinação jacobea e de todas as dimensões do Caminho de Santiago. Encontram-se expostas esculturas, pinturas e diversos objetos e imagens de Santiago.
Passeando pelo museu
A visitação ao museu começa com a citação das três grandes peregrinações cristãs do mundo: os chamados “palmeiros" seguem em direção a Jerusalém, a Terra Santa; os “romeiros” a Roma, com as tumbas de Pedro e Paulo; e os “jacobeus” a Santiago de Compostela, por Santiago Maior.
Sem entrar em detalhes de religião, Santiago (São Tiago) era um dos doze apóstolos e discípulo próximo de Jesus Cristo, junto a Pedro e João, sendo testemunha de muitos dos seus acontecimentos mais importantes.
Destaque para Santiago em A Última Ceia - obra de Leonardo da Vinci
A história envolve, ainda mais, quem cruzou algum dos caminhos de Santiago e falo por mim mesma. As referências dessa história são baseadas em tradições e lendas, mas fazem-nos acreditar em todo o seu sentido.
Registros contam que após missão de tentativa de disseminação do cristianismo na Hispania - Península Ibérica, Santiago retorna a Jerusalém para acompanhar a Virgem Maria em seu leito de morte. Ali, no ano de 42, ele é decapitado por ordem de Herodes Agripa I, rei da Judieia e perseguidor de cristãos. Sete discípulos de Santiago levam o seu corpo para a região espanhola da Galícia, chegando lá através do porto de Iria Flavia, atual Padrón; um dos últimos lugares de pernoite no Caminho Português de Santiago e que tive a honra de conhecer.
Representação do percurso do corpo de Santiago
Centenas de anos se passaram até que um ermitão, conhecido como Paio, avistou luzes em um bosque e alertou esta ocorrência a Teodomiro, bispo de Iria. No local, foi encontrado um altar com três monumentos funerários. Um deles guardava um corpo degolado, com a cabeça sob um dos braços e um letreiro do tipo ‘aqui jaz, Santiago,...’. Os restos ósseos nos outros dois monumentos foram atribuídos aos discípulos Teodomiro e Atanásio.
Teodomiro envolveu o rei Afonso II, o Casto, rei das Astúrias, que foi o responsável por mandar construir modesto templo que, mais tarde, se transformaria na bela Catedral de Santiago de Compostela. A notícia se disseminou rapidamente pela Europa e Afonso foi considerado o "primeiro peregrino" dos muitos que viriam. Seu trajeto é o conhecido como Caminho Primitivo e liga Oviedos a Santiago de Compostela.
Santiago peregrino
Após toda essa contextualização sobre a origem da peregrinação rumo à Santiago de Compostela, seguimos para a segunda parte da visita ao museu para explorar exatamente a peregrinação em si. Vemos os diversos caminhos existentes e fatos mais curiosos, como objetos que era de costume carregar no passado distante e a comparação com as vestimentas. Fico imaginando como seria na época, tarefa quase impossível.
Peregrinos do passado e do presente; quanta diferença!
Ao fim, quem tiver interesse, pode ver uma breve e didática apresentação, em vídeo, de toda a evolução da peregrinação jacobea, bem como da criação da cidade de Santiago de Compostela. Vale dedicar alguns minutos!
Informações práticas
Localização Praza das Praterías - Santiago de Compostela
Valor da entrada – tarifa cheia: 2,40 Euros
Horário de funcionamento: Terças-Sexta: 9h30 – 20h30
Sábado: 11h – 19h30
Domingos e alguns feriados: 10h15 – 14h45
Segundas: fechado
Serviços: guarda volumes, banheiros, acessibilidade
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